QUE DONA MARIANA ABENÇOE COM SUA LUZ, TODOS AQUELES QUE AMAM, RESPEITAM E ACIMA DE TUDO, SÃO MISSIONÁRIOS DE NOSSA LINDA RELIGIÃO: A UMBANDA. ALGUMAS PESSOAS, E ATÉ MESMO ESTUDIOSOS, INSISTEM EM AFIRMAR QUE A UMBANDA É SOMENTE UM CULTO AFRO. NÃO É VERDADE. UMBANDA É RELIGIÃO! QUANDO AFIRMAMOS OU ACREDITAMOS QUE A UMBANDA É SOMENTE UMA CULTURA, ESTAMOS DANDO OPORTUNIDADE PARA SERMOS CRITICADOS POR OUTRAS DENOMINAÇÕES RELIGIOSAS, PERDENDO ASSIM A CREDIBILIDADE. PORTANTO, IRMÃOS, DEVEMOS HONRAR NOSSA MISSÃO, FAZENDO O BEM, E O MAIS IMPORTANTE: FAZENDO SEMPRE A VONTADE DE OXALÁ. Pai Wellington de Oxalá
"Responsabilidade Social, Amor ao próximo e Avivamento a nossa Religião são os principais objetivos de nosso Instituto."
quinta-feira, 31 de julho de 2014
quarta-feira, 30 de julho de 2014
MALANDROS
TEMPLO DE UMBANDA CABOCLA MARIANA
Por: Wellington de Oxalá
Curso de Umbanda
Malandros
Os malandros têm como principal característica de
identificação, a malandragem, o amor pela noite, pela música, pelo jogo, pela
boemia e uma atração pelas mulheres(principalmente pelas prostitutas, mulheres
da noite, etc...). Isso quer dizer que em vários lugares de culturas e
características regionais completamente diferentes, sempre haverá um malandro.
O malandro de Pernambuco, dança côco, xaxado, passa a noite inteira no forró;
no Rio de Janeiro ele vive na Lapa, gosta de samba e passa suas noites na
gafieira. Atitudes regionais bem diferentes, mas que marcam exatamente a figura
do malandro.
No Rio de Janeiro aproximou-se do arquétipo do
antigo malandro da Lapa, contado em histórias, músicas e peças de teatro. Alguns
quando se manifestam se vestem a caráter. Terno e gravata brancos. Mas a
maioria, gosta mesmo é de roupas leves, camisas de seda, e justificam o gosto
lembrando que: “a seda, a navalha não corta”. Navalha esta que levavam no
bolso, e quando brigavam, jogavam capoeira (rabos-de-arraia, pernadas), às
vezes arrancavam os sapatos e prendiam a navalha entre os dedos do pé, visando
atingir o inimigo. Bebem de tudo, da Cachaça ao Whisky, fumam na maioria das
vezes cigarros, mas utilizam também o charuto. São cordiais, alegres, dançam a
maior parte do tempo quando se apresentam, usam chapéus ao estilo Panamá.
Podem se envolver com
qualquer tipo de assunto e têm capacidade espiritual bastante elevada para
resolvê-los, podem curar, desamarrar, desmanchar, como podem proteger e abrir
caminhos. Têm sempre grandes amigos entre os que os vão visitar em suas sessões
ou festas.
Existem também as manifestações femininas da
malandragem, Rosa Malandra, Maria Navalha, Telma Malandra, Adelaide entre
outras, são bons exemplos. Manifesta-se como características semelhantes aos
malandros, dança, samba, bebe e fuma da mesma maneira. Apesar do aspecto,
demonstram sempre muita feminilidade, são vaidosas, gostam de presentes
bonitos, de flores principalmente vermelhas e vestem-se sempre muito bem.
Ainda que tratado muitas vezes como Exu, os
Malandros não são Exus( com excessão do malandro Zé Pelintra). Essa idéia
existe porque quando não são homenageados em festas ou sessões particulares,
manifestam-se tranqüilamente nas sessões de Exu e parecem um deles. Os
Malandros são espíritos em evolução, que após um determinado tempo podem (caso
o desejem) se tornarem Exus. Mas, desde o início trabalham dentro da linha dos
Exus.
Pode-se notar o apelo popular e a simplicidade das
palavras e dos termos com os quais são compostos os pontos e cantigas dessas
entidades. Assim é o malandro, simples, amigo, leal, verdadeiro. Se você pensa
que pode enganá-lo, ele o desmascara sem a menor cerimônia na frente de todos.
Apesar da figura do malandro, do jogador, do arruaceiro, detesta que façam mal
ou enganem aos mais fracos. Salve a Malandragem!
Na Umbanda o malandro vem na linha dos Exus, com sua
tradicional vestimenta: Calça Branca, sapato branco(ou branco e vermelho), seu
terno branco, sua gravata vermelha, seu chapéu branco com uma fita vermelha ou
chapéu de palha e finalmente sua bengala.
Gosta muito de ser agradado com presentes, festas,
ter sua roupa completa, é muito vaidoso, tem duas características marcantes:
Uma é de ser muito brincalhão, gosta muito de
dançar, gosta muito da presença de mulheres, gosta de elogiá-las ,etc...
Outra é ficar mais sério, parado num canto assim
como sua imagem, gosta de observar o movimento ao seu redor mas sem perder suas
características.
Às vezes muda um pouco, pede uma outra roupa, um
terno preto, calças e sapatos também pretos, gravata vermelha e às vezes até
cartola. Em alguns
terreiros ele usa até uma capa preta.
E outra característica dele é continuar com a mesma
roupa da direita, com um sapato de cor diferente, fuma cigarros, cigarilhas ou
até charutos, bebe batidas, pinga de coquinho, marafo, conhaque e uísque,
rabo-de-galo; é sempre muito brincalhão, extrovertido.
Seu ponto de força é na subida de morros, esquinas,
encruzilhadas e até em cemitérios, pois ele trabalha muito com as almas, assim
como é de característica na linha dos pretos velhos e exus. Sua imagem costuma
ficar na porta de entrada dos terreiros, pois ele também toma conta das portas,
das entradas, etc...
É muito conhecido por sua irreverência, suas guias
podem ser de vários tipos, desde coquinhos com olho de Exu, até vermelho e
preto, vermelho e branco ou preto e branco.
História de Zé Pilintra
José dos Anjos Silva,
nascido no interior de Pernambuco, era um negro forte e ágil, grande jogador e
bebedor, mulherengo e brigão. Manejava uma faca como ninguém, e enfrentá-lo
numa briga era o mesmo que assinar o atestado de óbito. Os policiais já sabiam
do perigo que ele representava. Dificilmente encaravam-no sózinhos, sempre em
grupo e mesmo assim não tinham a certeza de não saírem bastante prejudicados
das pendengas em que se envolviam.
Não era mal de
coração, muito pelo contrário, era bondoso, principalmente com as mulheres, as
quais tratava como rainhas.
Sua vida era a noite.
Sua alegria, as cartas, os dadinhos a bebida, a farra, as mulheres e por que
não, as brigas. Jogava para ganhar, mas não gostava de enganar os incautos,
estes sempre dispensava, mandava embora, mesmo que precisasse dar uns cascudos
neles. Mas ao contrário, aos falsos espertos, os que se achavam mais capazes no
manuseio das cartas e dos dados, a estes enganava o quanto podia e os
considerava os verdadeiros otários. Incentivava-os ao jogo, perdendo de
propósito quando as apostas ainda eram baixas e os limpando completamente ao final
das partidas. Isso bebendo aguardente, cerveja, vermouth, e outros alcoólicos
que aparecessem.
Zé Pilintra no Catimbó
No Nordeste do Pais, mas
precisamente em Recife (na religião que conhecemos como Catimbó), ainda que nas
vestes de um malandrão, a figura de Zé Pelintra, tem uma conotação
completamente diferente. Lá, ele é doutor, é curador, é Mestre e é muito
respeitado. Em poucas reuniões não aparece seu Zé.
O reino espiritual chamado “Jurema”, é o local
sagrado onde vivem os Mestres do Catimbó, religião forte do Nordeste, muito
aproximada da Umbanda, mas que mantém suas características bem independentes.
Na Jurema, Seu Zé, não tem a menor conotação de Exu, a não ser quando a reunião
é de esquerda, por que o Mestre tem essa capacidade. Tanto pode vir na direita
ou na esquerda. Quando vem na esquerda, não é que venha para praticar o mal, é
justamente o contrário, vem revestido desse tipo de energia para poder cortá-la
com mais propriedade e assim ajudar mais facilmente aos que vem lhe rogar
ajuda.
No Catimbó, Seu Zé usa bengala, que pode ser
qualquer cajado, fuma cachimbo e bebe cachaça. Dança côco, Baião e Xaxado,
sorri para as mulheres, abençoa a todos, que o abraçam e o chamam de padrinho.
Nomes de Alguns Malandros e
Malandras:
Zé Pilintra
Benedito Fumaça
Sibamba
João Navalheiro
Nego Gerson
Zé da Navalha
Zé Malandro
Zé do Coco
Zé da Luz
Zé de Légua
Zé Moreno
Zé Pereira
Zé Pretinho
Malandrinho
Camisa Listrada
7 Navalhadas
Maria do Cais
Maria Navalha
Rosa Malandra
Adelaide
Selma Malandra
Jorge Malandro
Ritinha
ACERVO: FOTOS ANTIGAS DO ENTÃO TEMPLO DE UMBANDA CABOCLA MARIANA
São daqueles irmãos que ainda estão conosco. Outros já foram para o outro Plano. alguns não vimos mais. Poucos esfriaram na Fé. Mas o mais importante, é que não esquecemos de nenhum deles. Onde que que estejam, que sejam abençoados e iluminados pelo Poder de Deus e a proteção dos Orixás.
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