sexta-feira, 7 de março de 2014

EXORTAÇÃO AOS FIÉIS DE UMBANDA


EXORTAÇÃO AOS FIÉIS DE UMBANDA.

             
 Por: Pai Wellington de Oxalá.
       
 INTRODUÇÃO:
Que Deus, Todo Poderoso, possa lhe dar sabedoria para entender e absorver cada item deste pequeno livro.  Para que nossa Umbanda possa ter fiéis preparados e orientados dentro dos conceitos de nossa linda Religião.
Já fui um daqueles que descriminavam os umbandistas. Chamava de “macumbeiros”. Eu, quando bem jovem, abria champanhe que ofertavam a Iemanjá na praia e bebia dando risadas. Jogava pedras em cima dos Terreiros... Enfim, não acreditava que se incorporava com Espíritos. Achava tudo uma grande fantasia.
Pergunto-me porque, justo eu, um descrente naquela época, um jovem irresponsável que bebia, fumava e cometia tantos pecados, sem a devida cultura e sem a necessária moral, porque fui arrebatado para o trabalho Espiritual?  É... Eu era igual aqueles que me recriminam hoje. Como posso eu hoje falar de quem me repudia por eu ser Umbandista? Tenho realmente que me resignar, perdoar, e muitas vezes, me calar. Só não podemos nos calar para levar a nossa Umbanda adiante. Fazer valer a força de nossos Orixás e o companheirismo de nossos Guias.  Cheguei até a conhecer e freqüentar uma igreja evangélica, onde aprendi muito e me tornei pastor dessa denominação. Mas Deus tinha um propósito em minha vida em outro lugar. Em outra Religião: a Nossa Linda Umbanda.
Acredito que todos nós temos uma Missão. Independente da Religião. E você foi escolhido para ser Umbandista, fervoroso e cheio de Fé. Por isso meu irmão, nunca desanime. Creia em Deus e acredite na incorporação Espiritual. Na existência dos Orixás e de nossos Guias Mentores. Assim seremos fortes e merecedores de crescimento material e espiritual.
Aqui na terra, devo muito ao meu pai espiritual, Pai Carlos de Oxosse, que me acolheu em sua casa, uma pequena seara na época. Mas cheia de axé.  Até hoje tem me abençoado e, através de seus ensinamentos tenho levado minha Missão adiante.
Saí desta seara e retornei após oito anos. Neste meio tempo, entrei na Igreja evangélica, onde fui estudar Teologia e me formar Pastor. Não satisfeito, retornei à minha Umbanda e a minha Seara do Caboclo Zé Raimundo.  Isso era necessário acontecer em minha vida, para eu ser o que sou hoje.
Então, aconteceu que no astral, meus Orixás me confiaram uma tarefa de suma responsabilidade, que me esforço em realizar todos os dias. Hoje eu sei que fui resgatado pelos Orixás e Guias de Umbanda. Sou alertado todos os dias pelos meus Santos e Caboclos das qualidades divinas que devo mirar. E não me esqueço de como eu era, e vislumbro de como deverei ser um dia.
O tempo corre diferente hoje. Procuro buscar a calma e a serenidade. Sou um homem agora, sem cabelos na cabeça, com os olhos brilhando como uma criança que vê o mar pela primeira vez, sentado nas fileiras do conhecimento. Sinto hoje a Umbanda em minha vida Plena e por toda eternidade.
Pai Wellington de Oxalá.
Dirigente Espiritual do Templo de Umbanda Cabocla Mariana.
                                                                            

                  UMBANDA: O INÍCIO.
No inicio do século XV, período da colonização brasileira, mais de quatro milhões de negros africanos cruzaram o Atlântico para tornarem-se escravos na colônia Portuguesa. Oriundos de diferentes regiões da África entravam no país, através de navios negreiros, principalmente pelos portos do Rio de Janeiro, de Salvador, do Recife e de São Luís do Maranhão, trazendo na bagagem a cultura africana. Para evitar que houvesse rebeliões, os senhores brancos agrupavam os escravos em senzalas, sempre evitando juntar os originários de mesma nação. Por este motivo, houve uma mistura de povos e costumes, que foram concentrados de forma diferente nos diversos estados do país. Os escravos possuíam suas próprias danças, cantos, santos e festas religiosas. Aos poucos, eles foram misturando os ritos católicos presentes com os elementos dos cultos africanos, na tentativa de resgatar a atmosfera mística da pátria distante. O contato direto com a natureza fazia com que atribuíssem todos os tipos de poder a ela e que ligassem seus orixás aos elementos nela presentes. Diversas divindades africanas foram tomando força na terra dos brasileiros. A marca registrada de muitos cultos praticados na época, associado à luta dos negros pela libertação e sobrevivência, à formação dos quilombos e a todo realidade da época, acabaram impulsionando a formação de religiões muito praticadas atualmente – a Umbanda e o Candomblé.
Antes das Exortações, falarei um pouco sobre nossa linda Religião.
                                                           

                                                            A UMBANDA

Uma das religiões mais praticadas no Brasil, com maior propagação na Bahia, Maranhão, Rio de Janeiro e Pará. A Umbanda Brasileira começou a ser formada por volta de 1530, com a mistura de concepções religiosas, trazidas pelos negros africanos, na época da escravidão. O primeiro terreiro foi fundado em 1908, através de Zélio Fernandinho de Moraes. Na época, com 17 anos, Zélio, que fazia parte de uma família tradicional de Niterói (RJ), incorporava o chamado caboclo das Sete Encruzilhadas e foi o responsável pela formação de Sete Tendas que acabaram difundindo a Umbanda. Todas as Tendas funcionavam sob o lema: “MANIFESTAÇÃO DE O ESPIRITO PARA FAZER A CARIDADE”.  E usavam rituais simples com cânticos baixos e harmoniosos.
A Umbanda incorpora os adeptos dos deuses africanos, como caboclos, pretos velhos, crianças, boiadeiros, povo da água, povo da mata, ciganos, malandros, exus e outras entidades desencarnadas na Terra, sincretizando, às vezes, as religiões católicas e espíritas. O Chefe da casa é conhecido como Pai de Santo e os seus filiados são os filhos e filhas de santo. O Pai de Santo principia a cerimônia com o encruzamento e a defumação dos presentes e do local. Então, seguem-se os pontos, cânticos sagrados para formar a corrente e fazer baixar o santo. Assim é nossa Umbanda. Séria, honesta e caridosa...
Em meu Templo, se cultua a Umbanda Terecô. Pois, assim como os Orixás tem suas particularidades e qualidades, assim cada Nação tem a sua.

UMBANDA TERECÔ:


O Tambor da Mata ou TERECÔ está mais associado à região do Codó, cidade situada na região do cerrado Maranhense, localizada a 300 km da capital São Luis. Por eu ser Maranhense, e o meu Guia Mentor Caboclo Zé Raimundo de Légua, determinar que as minhas raízes mediúnicas fossem preservadas, então, tomei a decisão de cultuar esse tipo de Umbanda: Terecô ou Tambor de Mata.
Não se restringindo apenas a esse primeiro estado, o Terecô também se mostra integrado a pratica de outras religiões, como o tambor de mina e a própria umbanda pura. Pois, nesta época, há muitas misturas entre Nações.  Além disso, sua prática também originou o Babassuê (ou Barba Soeira), religião descrita por Mário de Andrade, em 1937.
As primeiras manifestações do Terecô teriam sido realizadas antes da abolição, quando os escravos das fazendas de algodão de Codó o praticavam secretamente, no interior das matas. Com o fim da escravidão, os rituais teriam se deslocado para alguns povoados negros e, na cidade de Codó, às margens da Lagoa do Pajeleiro. Logo depois, foram construídos os primeiros salões, onde os descendentes de escravos e outros trabalhadores deram continuidade à religião.
Muito ainda se discute sobre a origem etimológica da palavra “Terecô”, que se determina o nome da religião. A imprecisão do significado foi, durante muito tempo, a justificativa para que se acreditasse que o termo tivesse origem onomatopaica. Ou seja, Terecô,  seria um termo que faz referencia ao barulho dos tambores utilizados no culto. Contudo, hoje também se trabalha que sua origem esteja ligada ao termo “teeleko”, que significa “celebrar ou louvar pelos tambores”.
Uma das mais reconhecidas práticas do Terecô, está relacionada aos poderes de Cura e de Desfazer Feitiços, que os pais e mães de santo possuem no interior de seus terreiros. O que realmente é de Suma importância salientar, é que a Umbanda está mais viva do que nunca. O Terecô está mais ativo e poderoso, dentro de suas necessidades e permissão dos Guias Espirituais.
Nós, praticantes do Terecô, organizamos e alinhamos os nossos Guias por uma hierarquia de famílias. E dentro dessas famílias, uma das mais importantes, está à família da entidade Légua Boji Boá da Trindade, conhecida também como “príncipe Guerreiro”, ou filho de Dom Pedro Angassu e da Rainha Rosa.
Concluindo, a Umbanda é expressiva.  No Terecô, é natural mudar-se os costumes de um terreiro para o outro. Mas, o que é importante, é que todo o verdadeiro pai de santo de umbanda Terecô, procura buscar a humildade e a caridade. Jamais porfiar ou querer ser superior ao irmão ou outra religião.
Portanto, devemos sempre buscar o conhecimento. Não para vangloriar-se, mas para fazer permanecerem viva as religiões Afro Brasileiras. Pois, os Orixás são os mesmos, os Voduns são os mesmos, os Guias são os mesmos e DEUS é um só. Para todos.
A seguir, algumas frases de exortação (conselho), para meditarmos e para melhor cultuarmos e servirmos  nossa Umbanda com mais amor e respeito:


 FRASES DE EXORTAÇÃO AOS FIÉIS DE UMBANDA.


Unidos, a Umbanda será mais Forte.

1 – “O grande medo de todo médium que inicia sua caminhada na umbanda, é o da Incorporação Consciente. Nove entre dez médiuns sentem-se inseguros em suas primeiras incorporações”.
2 - “Não acendam velas, principalmente dentro de casa por conta própria. Acendam sempre seguindo instruções de algum Guia de Lei, que vai se tornar responsável por isso.
Pois, a velocidade que se locomove entidades, é maior que a luz. Antes de acendê-la, mentalmente diga pra quem você está acendendo e a pedido de quem. Depois você faz seu pedido, senão qualquer entidade, até mesmo um egum vai roubar a energia da vela e se instalar na sua casa.
Tá dado o recado”.
3 – “Não custa nada. Inveja, olho gordo, quizila, praga. Todo mundo ta sujeito á todos os instantes e em qualquer lugar. Quanto mais forte a luz da pessoa, mais ele estará sendo cobiçado por entidades do baixo espiritual. E também por pessoas negativas. Peça ao seu Exú ou Pomba Gira um patuazinho, um amuleto. Uma guia de proteção. Carregue na bolsa que ninguém veja. Isso pra que você não saia bem de casa de manha e volte pra casa ruim e carregado, sem saber o que aconteceu, e por que. E quem tem um carro, põe escondidinho  uma proteção”.
4 – “Meu amigo (a),  tomem cuidado, não dê ou  ofereça comidas, pedaços de bolo, guaraná, café, bebidas, para entidades, muito menos para Orixás, se não lhe for pedido. Pode ter certeza que se um Guia quiser, ele vai lhe pedir.  Aquela história, vou dar uma “cachacinha” pro meu exú, porque acho que ele está querendo. Isso é perigoso. Entidades, Guias ou Orixás, só pedem quando é indispensável. Na espiritualidade tudo tem que ser na garantia, na segurança.”
5 – “Na sua vida as coisas estão difíceis? Nada dá certo? Vai num terreiro de Umbanda. Descarrega. Passa por consulta. E aí? Se você merecer, se fizer o que o Guia mandou, se acreditar, se tiver Fé, sua vida vai melhorar, mas faça a sua parte para que a Umbanda faça a dela. A Umbanda é maravilhosa, séria, mas não realiza milagres. Você pode fazer acontecer”.
6 – “Sabe, vou nas portas do inferno, entro em matas, vou em pântanos. Não escolho nem dia nem hora para resgatar alguém em sofrimento e quem pede minha ajuda.  Aprendi tudo isso como Umbandista, pai de santo, há mais de 15 anos.
Eu entendo tudo, a insegurança, o medo, fraquezas, até mesmo falta de fé. Só não entendo a falta de respeito.  Aprendi também a respeitar da criança ao velhinho, do pobre ao rico, do ignorante ao doutor. O tempo da senzala já acabou! Sem respeito não tem axé. Daí em vez de reza vai pro despacho, acaba na boca dum sapo. QUEM “NÃO TEM O HÁBITO DE RESPEITAR UMBANDISTA, COMIGO VAI APRENDER A TER.” palavras de respeito.
7 – “Ano novo chegou. É hora de começar abrir os armários da tristeza, dos planos que não deram certo, das decepções e esvaziá-los.
Não comecem um novo tempo, carregando sentimentos negativos ou frustrantes. Isso não vai ajudar em nada para que seja um ano melhor que o passado.
Abra bem estes armários, deixe o sol entrar, jogue fora tudo que não serve mais, e recomece. Mas recomece com Fé, esperança e otimismo. Recomece, pedindo a Oxalá que ilumine seus caminhos, suas escolhas e suas forças. Acredite: o ano que chegou tem tudo pra todos saírem vitoriosos. “Basta ter Fé e Esperança”.
8 – Você incorpora em casa? Em festas? Em rodas de amigos? É acostumado a beber e incorporar? CUIDADO!!!
Incorporar fora de seu Terreiro, jamais! Daí vai começar a atender seus vizinhos e parentes, é um pulo. Um conta pra um, um conta pra outro, e daqui a pouco tem fila na porta de sua casa. Isso é bom? Claro que não! Todos saem bem, menos você, que está com todas as cargas. INCORPORAÇÃO É NO TERREIRO! Em outro lugar, não há garantias de quem você está incorporando, se é mesmo seu Guia.
Um espírito zombeteiro, um quiumba ou um egum, passa com perfeição por qualquer Guia. E botar ele pra correr dá um trabalho danado depois! Diz um ponto cantado que qualquer Guia é de Lei. Incorpora em qualquer lugar, mas isso só acontece quando o médium ou alguém está correndo riscos sérios, inclusive de vida. Então escuta o que um amigo de Umbanda diz: Num Terreiro, o médium ta garantido, o Guia esta garantido e tudo termina bem. Em outros lugares, tudo termina mal”. Pense bem nisso.
9 – “A Umbanda vivencia o Evangelho de Jesus, em sua essência, através  da manifestação do amor e da caridade, prestada pela orientação dos Guias Mentores e Protetores que recebem a irradiação dos ORIXÁS. Encontramos no Terreiro da verdadeira Umbanda, entidades que trabalham com humildade, de forma serena, caritativa e gratuita; espíritos bondosos que não fazem distinção  de raça, cor, ou religião, e acolhem todos que buscam amparo e auxilio espiritual, conforto para as dores, aflições, desequilíbrios das mais variadas ordens”.
10 – TODO MEDIUM TEM SUAS OBRIGAÇÕES E DEVERES
OBRIGAÇÕES:
- CONHECER AS TECNICAS ESPIRITUAIS. POR EXEMPLO:
Como distinguir os tipos de espíritos por energia e fluido.
Como concentrar e desconcentrar.
Como ocorre o desdobramento espiritual e ter controle sobre ele.
Como controlar a mediunidade.
Saber analisar as ações e resultados.
- CONHECER OS CUIDADOS. POR EXEMPLO:
Banhos
Firmezas
Apresentação ao Orixá ou Guia (amaci)
- DEVERES:
Doutrina
Evangelização
É DEVER E OBRIGAÇÃO:
Ter boa conduta
Pois a reforma íntima é indispensável.
                         11 – OS PRECEITOS DE UMBANDA.
Os preceitos que devem ser seguidos, antes do médium participar de sua gira, e mesmo aqueles que vão passar por consultas são indispensáveis e muito importantes.
Cada casa tem o seu preceito, não importa como é que é, mas devem ser seguidos, primeiro, pelo respeito ao Terreiro que freqüenta, aos Guias e aos Orixás.
Depois, pode ser  o descabeçado que não seguiu, o responsável da quebra de um elo na corrente, caindo a energia positiva e sobrando as cargas para todos os irmãos e principalmente para o pai ou mãe de santo.
Vamos lá, é apenas um dia na semana, mas muita gente pensa que não é muito importante ou pensa que está acima desses preceitos.
“Se cada um fizer a sua parte, os milagres acontecem”.
12 – Dentro da Umbanda tem um preceito chamado MERECIMENTO. Mas o que é MERECIMENTO?
Não só o comportamento da pessoa junto à sua família e sua sociedade como, ele seguir as Palavras e os Mandamentos de Deus. Principalmente o Amor ao Próximo. Porque amando ao próximo, a pessoa ama a si mesmo, se cuida, não se entrega ao mal e tem o seu crescimento espiritual.
Umbandista Praticante, só cresce e vem a conhecer os mistérios da Umbanda por MERECIMENTO, os milagres acontecem por merecimento, então, ao pedirem ao Criador, como diz o ponto, “bata sua cabeça e peça o que quiser”, peçam mesmo, mas, ser não for atendido tenha a humildade e procure dentro de si o que está faltando ou o que não se  tem para ser merecedor”.
13 – SALVE NOSSOS EXÚS!
É na virada de banda que o terreiro ferve, muda o dono do recinto, muda o dono da gira e o povo se agita.
Os segredos mais escondidos, as historias mais esquisitas vão para os ouvidos dos compadres e comadres, o malandro chega pisando leve, a cigana abre suas cartas e na batida dos tambores, se canta e se dança.
Não teve hora pra começar, e não tem hora pra terminar.  Assim é a gira do povo da esquerda!
Os pedidos são recolhidos, vai do “marafo” ao champanhe.
Quando à hora grande está terminando, é hora de limpeza de descarrego.
E nesse momento, QUEM DEVE PAGA, QUEM PEDIU DE CORAÇÃO, RECEBE.
Assim é a vida do povo de rua.
13 – “Nunca confunda a minha  humildade com humilhação. Você pode ser mais velho do que eu, mas nossos Orixás são do mesmo tamanho”. Pensem nisso.
14 –“Aprenda a ouvir seus Orixás e Guias. Eles trazem toda a verdade que você precisa para se libertar. Lembre-se que a corrente do Ego  prende muito mais que a corrente de ferro”.
15 – “Irmãos, permanecer com raiva, é como segurar um carvão quente, com a intençao de jogá-lo em outra pessoa, você é o único que fica queimado”.
16 – É preciso ter coragem para enfrentar os seus próprios enganos e o medo da verdade. “Perceber que, aquilo que tanto nos incomoda nas outras pessoas, espelha-se justamente em nosso próprio comportamento”.
17 - “Carregar uma Guia no pescoço é bonito e fácil. Difícil é saber  e respeitar o que elas representam”.
18 – “Aquele que acredita na sua própria Religião, não tem tempo e nem necessidade de criticar a Fé dos outros. Portanto, irmãos dediquem nosso tempo para agradecer aos Orixás e ajudar ao próximo necessitado”.
19 – A LEI DIVINA É JUSTA:
Não ache que não será alcançado por ela
Do alto ou de baixo, seu Orixá vira...
Pois quem deve, um dia vai pagar e quem merece, um dia receberá.
Lembre-se: não use seus dons de forma leviana. Não use o nome da Espiritualidade para justificar suas fraquezas. Tenho dito.
20 – Irmãos, a Intolerância Religiosa, não tem a ver com a religião em si,  é uma atitude política, de você perseguir e coibir, uma atitude de agressão pra disputar mercado. Isso tem que ser condenado por todos nós. A Umbanda é viva.
21 – “Meu povo, religião não muda caráter, religião não cura ninguém, nem nunca curou...
“O que nos cura e o que nos salva é a nossa Fé, e o que realmente vale em nosso caminho é o respeito que damos às diferenças e a verdadeira fé com a qual enxergamos a nossa crença”.
22 – “Ora, a lei da mente é implacável: o que você pensa, você cria.
O que você sente, você atrai.
O que você acredita, torna-se realidade!”
ENTÃO, CUIDADO COM OS SEUS PENSAMENTOS.
23 – “É bom saber que não levamos nada dessa vida. Para que perder tempo com maldade, com falsidade, com falta de amor...
Todos terão o mesmo destino... Independentemente da condição financeira, da classe social. “Portanto, ame, perdoe, pois Oxalá é pai e quer que você aproveite bem a vida”.
24 – “Não sejas egoísta. Aquilo que te fores ensinado, passai aos outros e aquilo que recebestes de graça, de graça tu darás. Porque só no amor, na caridade e na fé é que tu podes encontrar o teu caminho espiritual, que é a luz Divina”.
25 – PALAVRAS DA CABOCLA MARIANA:
“Muita gente quando não acha cura para sua “dor de barriga”, corre pro Terreiro!
Pedem-me ajuda e ajuda eu dou. Quando a dor de barriga passa, me chamam de diabo e meus médiuns de macumbeiro.
Venho em terra para cumprir minha missão, mas somente para aqueles que conhecem a gratidão. “Esses, sim, estarão embaixo de minha proteção”.

O QUE É SER UM VERDADEIRO UMBANDISTA ESPIRITUAL?
É o que se leva dentro do coração.
É o discernimento em ação! É o Amor abundancia. É a luz nas idéias e o equilíbrio.
É o valor consciencial da alegria na jornada.
É a valorização da vida e de todos os aprendizados.
É viver e se tornar sadio.
Ser um Verdadeiro Umbandista Espiritual é ser FELIZ!
VOCE TEM VERGONHA DE DIZER QUE É UMBANDISTA???
Eu sou Umbandista... Mas o que é isso? O que é ser Umbandista?
- É não ter vergonha de dizer: “eu sou Umbandista”
É não ter vergonha de ser identificado como Umbandista.
É se dar, acima de tudo aos trabalhos Espirituais.
É saber que um Terreiro, um Centro, um Templo de Umbanda é um local Espiritual, e não a religião de umbanda em seu todo, mas todos os Terreiro,Centros e Templos de Umbanda, representam a Religião de Umbanda.
É saber respeitar para ser respeitado, é saber amar para ser amado, é saber ouvir para ser escutado, é saber dar um pouco de si para receber um pouco de Deus dentro de si.
É saber que a Umbanda não faz milagres, quem os faz é Deus, e quem os recebe, é quem mereceu.
É saber que uma casa de Umbanda, não vende nem dá salvação, mas oferece ajuda aos que querem encontrar um caminho.
É ter respeito por seu Templo, por seu sacerdote e pela Religião de Umbanda como um todo: IRMANDADE.
É saber conversar com seu sacerdote e tirar suas dúvidas.
É saber que nem sempre estamos preparados. Que são necessários sacrifícios, tempo e dedicação para o sacerdócio.
É entrar em um Terreiro sem ter hora pra sair ou sair do Terreiro após o último consulente ser atendido.

É, mesmo sem fumar e beber, dar liberdade aos meus Guias para que eles utilizem esses materiais para ajudar o próximo, confiando que me deixem sempre bem após as sessões.
É me dá ao meu Guia, para que ele me possua com sua força e me deixe um pouco dessa força para que possa viver meu dia-dia numa luta constante em benefício dos que precisam de auxilio  espiritual.
É sofrer por não negar o que sou, e ser o que sou com dignidade, com amor e dedicação.
É ser chamado de atrasado, de sujo, de ignorante, conservador, alienígena, louco. E ainda assim amar minha religião e defende-la com todo o carinho e amor que ela merece.
É ser ofendido físico, espiritual e moralmente, mas mesmo assim, continuar amando minha Umbanda.
É ser chamado de adorador do diabo, de satanás, de servo dos encostos e mesmo assim, levantar a cabeça, sorrir e seguir em frente com dignidade.
É acreditar, mesmo nos piores momentos, com a pior das doenças, estando um caco espiritual e material, que os Orixás e os Guias,mesmo que não possam nos tirar dessas situações, estarão ali, ao nosso lado, momento a momento nos dando coragem; ser Umbandista é acima de tudo acreditar nos Orixás e nos Guias, pois eles representam a essência e a pureza de Deus.
É dizer sim, onde os outros dizem não!
É saber respeitar o que os outros fazem como Umbanda, mesmo que seja diferente da nossa, mas sabendo que existe um propósito no que ambos estão fazendo.
É vestir o branco sem vaidade.
É alguém que você nunca viu te agradecer, porque um dos teus Guias a ajudou e não ter orgulho disso.
É colocar suas Guias e sentir o peso de uma responsabilidade onde muitos possam ver vaidade.
É chorar, sorrir, andar, respirar e viver dentro de uma religião sem querer nada em troca.
É ter vergonha de pedir aos Orixás por você, mas não ter vergonha de pedir pelos outros.
É não ter vergonha de levar uma oferenda em uma praia ou mata, nem ter vergonha de exercer a nossa religiosidade diante dos outros.
É estar sempre pronto para servir a espiritualidade, seja no Templo, seja na Encruza,  seja no cemitério, seja na mata, seja nos caminhos. Seja em qualquer lugar onde nosso trabalho seja necessário.
É se alegrar por saber que a Umbanda é uma religião maravilhosa, mas também sofrer porque os Umbandistas ainda são tão preconceituosos uns com os outros.
É ficar incorporado 6,7 horas em cada uma das giras, sentindo seu corpo moído e ao mesmo tempo, sentir a satisfação e o bem estar por mais um dia de trabalho.
É sentir a zoar  dos tambores, sua vibração, sua importância, sua ação, sua força dentro de uma gira e no trabalho espiritual.
É arriar a oferenda para o Orixá e o Guia e receber Axé.
É ver uma pessoa entrar no Terreiro chorando e vê-lo mais tarde sair do Templo sorrindo.
É ter esperança, que um dia, nós, Umbandistas, acharemos a receita do respeito mutuo.
É ser Umbandista, mesmo que outros digam que o que você faz, sua pratica, sua fé, sua doutrina, seu acreditar, sua dedicação, seu suor, suas lagrimas e  sacrifícios , não sejam Umbanda.
É saber o que significa a Umbanda não é para você, mas para todos.
É saber que as palavras somente não bastam. Deve haver atitude junto com as palavras. Falar e fazer, pensar e ser, ser e nunca estar.
É saber que a Umbanda não ver cor, não vê raça, não vê status social, não vê poder econômico, não vê credo. Só vê ajuda, caridade, luta, justiça, cura, lagrima... E bom, mal e bem...Os problemas, as necessidades e a ajuda para solucionar os problemas de quem procura.
É saber que a nossa Umbanda é livre; não tem dono, não tem papa, mas estar aí para ajudar e servir a todos que procuram.
É saber que você não escolheu a Umbanda, mas que a Umbanda escolheu você.
É amar com todas as forças essa Religião maravilhosa chamada umbanda.

Que os Orixás, Caboclos e Encantados, assim como os Exus nos proteja e nos oriente cada vez mais.

ASSIM SEJA!



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