EXORTAÇÃO AOS FIÉIS DE UMBANDA.
Por: Pai Wellington de Oxalá.
INTRODUÇÃO:
Que Deus,
Todo Poderoso, possa lhe dar sabedoria para entender e absorver cada item deste
pequeno livro. Para que nossa Umbanda
possa ter fiéis preparados e orientados dentro dos conceitos de nossa linda
Religião.
Já fui um
daqueles que descriminavam os umbandistas. Chamava de “macumbeiros”. Eu, quando
bem jovem, abria champanhe que ofertavam a Iemanjá na praia e bebia dando
risadas. Jogava pedras em cima dos Terreiros... Enfim, não acreditava que se
incorporava com Espíritos. Achava tudo uma grande fantasia.
Pergunto-me
porque, justo eu, um descrente naquela época, um jovem irresponsável que bebia,
fumava e cometia tantos pecados, sem a devida cultura e sem a necessária moral,
porque fui arrebatado para o trabalho Espiritual? É... Eu era igual aqueles que me recriminam hoje.
Como posso eu hoje falar de quem me repudia por eu ser Umbandista? Tenho
realmente que me resignar, perdoar, e muitas vezes, me calar. Só não podemos
nos calar para levar a nossa Umbanda adiante. Fazer valer a força de nossos
Orixás e o companheirismo de nossos Guias.
Cheguei até a conhecer e freqüentar uma igreja evangélica, onde aprendi
muito e me tornei pastor dessa denominação. Mas Deus tinha um propósito em
minha vida em outro lugar. Em outra Religião: a Nossa Linda Umbanda.
Acredito que
todos nós temos uma Missão. Independente da Religião. E você foi escolhido para
ser Umbandista, fervoroso e cheio de Fé. Por isso meu irmão, nunca desanime.
Creia em Deus e acredite na incorporação Espiritual. Na existência dos Orixás e
de nossos Guias Mentores. Assim seremos fortes e merecedores de crescimento
material e espiritual.
Aqui na
terra, devo muito ao meu pai espiritual, Pai Carlos de Oxosse, que me acolheu
em sua casa, uma pequena seara na época. Mas cheia de axé. Até hoje tem me abençoado e, através de seus
ensinamentos tenho levado minha Missão adiante.
Saí desta seara
e retornei após oito anos. Neste meio tempo, entrei na Igreja evangélica, onde
fui estudar Teologia e me formar Pastor. Não satisfeito, retornei à minha
Umbanda e a minha Seara do Caboclo Zé Raimundo.
Isso era necessário acontecer em minha vida, para eu ser o que sou hoje.
Então,
aconteceu que no astral, meus Orixás me confiaram uma tarefa de suma
responsabilidade, que me esforço em realizar todos os dias. Hoje eu sei que fui
resgatado pelos Orixás e Guias de Umbanda. Sou alertado todos os dias pelos
meus Santos e Caboclos das qualidades divinas que devo mirar. E não me esqueço
de como eu era, e vislumbro de como deverei ser um dia.
O tempo corre diferente hoje. Procuro buscar a
calma e a serenidade. Sou um homem agora, sem cabelos na cabeça, com os olhos
brilhando como uma criança que vê o mar pela primeira vez, sentado nas
fileiras do conhecimento. Sinto hoje a Umbanda em minha vida Plena e por toda
eternidade.
Pai
Wellington de Oxalá.
Dirigente
Espiritual do Templo de Umbanda Cabocla Mariana.
UMBANDA: O INÍCIO.
No
inicio do século XV, período da colonização brasileira, mais de quatro milhões
de negros africanos cruzaram o Atlântico para tornarem-se escravos na colônia
Portuguesa. Oriundos de diferentes regiões da África entravam no país, através
de navios negreiros, principalmente pelos portos do Rio de Janeiro, de
Salvador, do Recife e de São Luís do Maranhão, trazendo na bagagem a cultura
africana. Para evitar que houvesse rebeliões, os senhores brancos agrupavam os
escravos em senzalas, sempre evitando juntar os originários de mesma nação. Por
este motivo, houve uma mistura de povos e costumes, que foram concentrados de
forma diferente nos diversos estados do país. Os escravos possuíam suas
próprias danças, cantos, santos e festas religiosas. Aos poucos, eles foram
misturando os ritos católicos presentes com os elementos dos cultos africanos,
na tentativa de resgatar a atmosfera mística da pátria distante. O contato
direto com a natureza fazia com que atribuíssem todos os tipos de poder a ela e
que ligassem seus orixás aos elementos nela presentes. Diversas divindades
africanas foram tomando força na terra dos brasileiros. A marca registrada de
muitos cultos praticados na época, associado à luta dos negros pela libertação
e sobrevivência, à formação dos quilombos e a todo realidade da época, acabaram impulsionando a formação de religiões muito
praticadas atualmente – a Umbanda e o Candomblé.
Antes das Exortações, falarei um pouco sobre nossa linda
Religião.
A UMBANDA
Uma das religiões mais praticadas no Brasil, com maior
propagação na Bahia, Maranhão, Rio de Janeiro e Pará. A Umbanda Brasileira
começou a ser formada por volta de 1530, com a mistura de concepções
religiosas, trazidas pelos negros africanos, na época da escravidão. O primeiro
terreiro foi fundado em 1908, através de Zélio Fernandinho de Moraes. Na época,
com 17 anos, Zélio, que fazia parte de uma família tradicional de Niterói (RJ),
incorporava o chamado caboclo das Sete Encruzilhadas e foi o responsável pela
formação de Sete Tendas que acabaram difundindo a Umbanda. Todas as Tendas
funcionavam sob o lema: “MANIFESTAÇÃO DE O ESPIRITO PARA FAZER A CARIDADE”. E usavam rituais simples com cânticos baixos
e harmoniosos.
A Umbanda incorpora os adeptos dos deuses africanos, como
caboclos, pretos velhos, crianças, boiadeiros, povo da água, povo da mata,
ciganos, malandros, exus e outras entidades desencarnadas na Terra,
sincretizando, às vezes, as religiões católicas e espíritas. O Chefe da casa é
conhecido como Pai de Santo e os seus filiados são os filhos e filhas de santo.
O Pai de Santo principia a cerimônia com o encruzamento e a defumação dos
presentes e do local. Então, seguem-se os pontos, cânticos sagrados para formar
a corrente e fazer baixar o santo. Assim é nossa Umbanda. Séria, honesta e
caridosa...
Em meu Templo, se cultua a Umbanda Terecô. Pois, assim como
os Orixás tem suas particularidades e qualidades, assim cada Nação tem a sua.
UMBANDA TERECÔ:
O Tambor da Mata ou TERECÔ está mais associado à região do
Codó, cidade situada na região do cerrado Maranhense, localizada a 300 km da
capital São Luis. Por eu ser Maranhense, e o meu Guia Mentor Caboclo Zé Raimundo
de Légua, determinar que as minhas raízes mediúnicas fossem preservadas, então,
tomei a decisão de cultuar esse tipo de Umbanda: Terecô ou Tambor de Mata.
Não se restringindo apenas a esse primeiro estado, o Terecô
também se mostra integrado a pratica de outras religiões, como o tambor de mina
e a própria umbanda pura. Pois, nesta época, há muitas misturas entre
Nações. Além disso, sua prática também
originou o Babassuê (ou Barba Soeira), religião descrita por Mário de Andrade,
em 1937.
As
primeiras manifestações do Terecô teriam sido realizadas antes da abolição, quando
os escravos das fazendas de algodão de Codó o praticavam secretamente, no
interior das matas. Com o fim da escravidão, os rituais teriam se deslocado para
alguns povoados negros e, na cidade de Codó, às margens da Lagoa do Pajeleiro.
Logo depois, foram construídos os primeiros salões, onde os descendentes de
escravos e outros trabalhadores deram continuidade à religião.
Muito ainda se discute sobre a origem etimológica da palavra
“Terecô”, que se determina o nome da religião. A imprecisão do significado foi,
durante muito tempo, a justificativa para que se acreditasse que o termo
tivesse origem onomatopaica. Ou seja, Terecô,
seria um termo que faz referencia ao barulho dos tambores utilizados no
culto. Contudo, hoje também se trabalha que sua origem esteja ligada ao termo
“teeleko”, que significa “celebrar ou louvar pelos tambores”.
Uma das mais reconhecidas práticas do Terecô, está
relacionada aos poderes de Cura e de Desfazer Feitiços, que os pais e mães de
santo possuem no interior de seus terreiros. O que realmente é de Suma
importância salientar, é que a Umbanda está mais viva do que nunca. O Terecô
está mais ativo e poderoso, dentro de suas necessidades e permissão dos Guias Espirituais.
Nós, praticantes do Terecô, organizamos e alinhamos os
nossos Guias por uma hierarquia de famílias. E dentro dessas famílias, uma das
mais importantes, está à família da entidade Légua Boji Boá da Trindade, conhecida
também como “príncipe Guerreiro”, ou filho de Dom Pedro Angassu e da Rainha
Rosa.
Concluindo, a Umbanda é expressiva. No Terecô, é natural mudar-se os costumes de
um terreiro para o outro. Mas, o que é importante, é que todo o verdadeiro pai
de santo de umbanda Terecô, procura buscar a humildade e a caridade. Jamais
porfiar ou querer ser superior ao irmão ou outra religião.
Portanto, devemos sempre buscar o conhecimento. Não para vangloriar-se,
mas para fazer permanecerem viva as religiões Afro Brasileiras. Pois, os Orixás
são os mesmos, os Voduns são os mesmos, os Guias são os mesmos e DEUS é um só.
Para todos.
A seguir, algumas frases de exortação (conselho), para meditarmos
e para melhor cultuarmos e servirmos
nossa Umbanda com mais amor e respeito:
Unidos, a Umbanda será mais Forte.
1 – “O grande medo de todo médium que inicia
sua caminhada na umbanda, é o da Incorporação Consciente. Nove entre dez
médiuns sentem-se inseguros em suas primeiras incorporações”.
2 - “Não acendam
velas, principalmente dentro de casa por conta própria. Acendam sempre seguindo
instruções de algum Guia de Lei, que vai se tornar responsável por isso.
Pois, a velocidade que se locomove entidades, é maior que a
luz. Antes de acendê-la, mentalmente diga pra quem você está acendendo e a pedido
de quem. Depois você faz seu pedido, senão qualquer entidade, até mesmo um egum
vai roubar a energia da vela e se instalar na sua casa.
Tá dado o recado”.
Tá dado o recado”.
3 –
“Não custa nada. Inveja, olho gordo, quizila, praga. Todo mundo ta sujeito á
todos os instantes e em qualquer lugar. Quanto mais forte a luz da pessoa, mais
ele estará sendo cobiçado por entidades do baixo espiritual. E também por
pessoas negativas. Peça ao seu Exú ou Pomba Gira um patuazinho, um amuleto. Uma
guia de proteção. Carregue na bolsa que ninguém veja. Isso pra que você não
saia bem de casa de manha e volte pra casa ruim e carregado, sem saber o que
aconteceu, e por que. E quem tem um carro, põe escondidinho uma proteção”.
4 – “Meu amigo (a), tomem cuidado, não dê ou ofereça comidas, pedaços de bolo, guaraná,
café, bebidas, para entidades, muito menos para Orixás, se não lhe for pedido.
Pode ter certeza que se um Guia quiser, ele vai lhe pedir. Aquela história, vou dar uma “cachacinha” pro
meu exú, porque acho que ele está querendo. Isso é perigoso. Entidades, Guias
ou Orixás, só pedem quando é indispensável. Na espiritualidade tudo tem que ser
na garantia, na segurança.”
5 – “Na sua vida as coisas estão difíceis? Nada dá certo?
Vai num terreiro de Umbanda. Descarrega. Passa por consulta. E aí? Se você
merecer, se fizer o que o Guia mandou, se acreditar, se tiver Fé, sua vida vai
melhorar, mas faça a sua parte para que a Umbanda faça a dela. A Umbanda é
maravilhosa, séria, mas não realiza milagres. Você pode fazer acontecer”.
6 – “Sabe, vou nas portas do inferno, entro em
matas, vou em pântanos. Não escolho nem dia nem hora para resgatar alguém em
sofrimento e quem pede minha ajuda.
Aprendi tudo isso como Umbandista, pai de santo, há mais de 15 anos.
Eu entendo tudo, a insegurança, o medo,
fraquezas, até mesmo falta de fé. Só não entendo a falta de respeito. Aprendi também a respeitar da criança ao
velhinho, do pobre ao rico, do ignorante ao doutor. O tempo da senzala já
acabou! Sem respeito não tem axé. Daí em vez de reza vai pro despacho, acaba na
boca dum sapo. QUEM “NÃO TEM O HÁBITO DE RESPEITAR UMBANDISTA, COMIGO VAI
APRENDER A TER.” palavras de respeito.
7 – “Ano novo chegou. É hora de começar abrir
os armários da tristeza, dos planos que não deram certo, das decepções e
esvaziá-los.
Não comecem um novo tempo, carregando
sentimentos negativos ou frustrantes. Isso não vai ajudar em nada para que seja
um ano melhor que o passado.
Abra bem estes armários, deixe o sol entrar,
jogue fora tudo que não serve mais, e recomece. Mas recomece com Fé, esperança
e otimismo. Recomece, pedindo a Oxalá que ilumine seus caminhos, suas escolhas
e suas forças. Acredite: o ano que chegou tem tudo pra todos saírem vitoriosos.
“Basta ter Fé e Esperança”.
8 – Você incorpora em casa? Em festas? Em
rodas de amigos? É acostumado a beber e incorporar? CUIDADO!!!
Incorporar fora de seu Terreiro, jamais! Daí
vai começar a atender seus vizinhos e parentes, é um pulo. Um conta pra um, um
conta pra outro, e daqui a pouco tem fila na porta de sua casa. Isso é bom?
Claro que não! Todos saem bem, menos você, que está com todas as cargas.
INCORPORAÇÃO É NO TERREIRO! Em outro lugar, não há garantias de quem você está
incorporando, se é mesmo seu Guia.
Um espírito zombeteiro, um quiumba ou um egum,
passa com perfeição por qualquer Guia. E botar ele pra correr dá um trabalho
danado depois! Diz um ponto cantado que qualquer Guia é de Lei. Incorpora em
qualquer lugar, mas isso só acontece quando o médium ou alguém está correndo
riscos sérios, inclusive de vida. Então escuta o que um amigo de Umbanda diz:
Num Terreiro, o médium ta garantido, o Guia esta garantido e tudo termina bem.
Em outros lugares, tudo termina mal”. Pense bem nisso.
9 – “A Umbanda vivencia o Evangelho de Jesus, em
sua essência, através da manifestação do
amor e da caridade, prestada pela orientação dos Guias Mentores e Protetores
que recebem a irradiação dos ORIXÁS. Encontramos no Terreiro da verdadeira
Umbanda, entidades que trabalham com humildade, de forma serena, caritativa e
gratuita; espíritos bondosos que não fazem distinção de raça, cor, ou religião, e acolhem todos
que buscam amparo e auxilio espiritual, conforto para as dores, aflições, desequilíbrios
das mais variadas ordens”.
10 – TODO MEDIUM TEM SUAS OBRIGAÇÕES E DEVERES
OBRIGAÇÕES:
- CONHECER AS TECNICAS ESPIRITUAIS. POR EXEMPLO:
Como distinguir os tipos de espíritos por energia e fluido.
Como concentrar e desconcentrar.
Como ocorre o desdobramento espiritual e ter controle sobre
ele.
Como controlar a mediunidade.
Saber analisar as ações e resultados.
- CONHECER OS CUIDADOS. POR EXEMPLO:
Banhos
Firmezas
Apresentação ao Orixá ou Guia (amaci)
- DEVERES:
Doutrina
Evangelização
É DEVER E OBRIGAÇÃO:
Ter boa conduta
Pois a reforma íntima é indispensável.
11 – OS PRECEITOS DE UMBANDA.
Os preceitos que devem ser seguidos, antes do
médium participar de sua gira, e mesmo aqueles que vão passar por consultas são
indispensáveis e muito importantes.
Cada casa tem o seu preceito, não importa como
é que é, mas devem ser seguidos, primeiro, pelo respeito ao Terreiro que
freqüenta, aos Guias e aos Orixás.
Depois, pode ser o descabeçado que não seguiu, o responsável
da quebra de um elo na corrente, caindo a energia positiva e sobrando as cargas
para todos os irmãos e principalmente para o pai ou mãe de santo.
Vamos lá, é apenas um dia na semana, mas muita
gente pensa que não é muito importante ou pensa que está acima desses
preceitos.
“Se cada um fizer a sua parte, os milagres
acontecem”.
12 – Dentro da Umbanda tem um preceito chamado
MERECIMENTO. Mas o que é MERECIMENTO?
Não só o comportamento da pessoa junto à sua
família e sua sociedade como, ele seguir as Palavras e os Mandamentos de Deus.
Principalmente o Amor ao Próximo. Porque amando ao próximo, a pessoa ama a si
mesmo, se cuida, não se entrega ao mal e tem o seu crescimento espiritual.
Umbandista Praticante, só cresce e vem a conhecer
os mistérios da Umbanda por MERECIMENTO, os milagres acontecem por merecimento,
então, ao pedirem ao Criador, como diz o ponto, “bata sua cabeça e peça o que
quiser”, peçam mesmo, mas, ser não for atendido tenha a humildade e procure
dentro de si o que está faltando ou o que não se tem para ser merecedor”.
13 –
SALVE NOSSOS EXÚS!
É na
virada de banda que o terreiro ferve, muda o dono do recinto, muda o dono da
gira e o povo se agita.
Os
segredos mais escondidos, as historias mais esquisitas vão para os ouvidos dos
compadres e comadres, o malandro chega pisando leve, a cigana abre suas cartas
e na batida dos tambores, se canta e se dança.
Não
teve hora pra começar, e não tem hora pra terminar. Assim é a gira do povo da esquerda!
Os
pedidos são recolhidos, vai do “marafo” ao champanhe.
Quando
à hora grande está terminando, é hora de limpeza de descarrego.
E
nesse momento, QUEM DEVE PAGA, QUEM PEDIU DE CORAÇÃO, RECEBE.
Assim
é a vida do povo de rua.
13 – “Nunca confunda a minha humildade com humilhação. Você pode ser mais
velho do que eu, mas nossos Orixás são do mesmo tamanho”. Pensem nisso.
14
–“Aprenda a ouvir seus Orixás e Guias. Eles trazem toda a verdade que você
precisa para se libertar. Lembre-se que a corrente do Ego prende muito mais que a corrente de ferro”.
15 – “Irmãos, permanecer com raiva, é como
segurar um carvão quente, com a intençao de jogá-lo em outra pessoa, você é o
único que fica queimado”.
16 –
É preciso ter coragem para enfrentar os seus próprios enganos e o medo da
verdade. “Perceber que, aquilo que tanto nos incomoda nas outras pessoas,
espelha-se justamente em nosso próprio comportamento”.
17 -
“Carregar uma Guia no pescoço é bonito e fácil. Difícil é saber e respeitar o que elas representam”.
18 –
“Aquele que acredita na sua própria Religião, não tem tempo e nem necessidade
de criticar a Fé dos outros. Portanto, irmãos dediquem nosso tempo para
agradecer aos Orixás e ajudar ao próximo necessitado”.
19 – A LEI DIVINA É JUSTA:
Não ache que não será alcançado por ela
Do alto ou de baixo, seu Orixá vira...
Pois quem deve, um dia vai pagar e quem
merece, um dia receberá.
Lembre-se: não use seus dons de forma leviana.
Não use o nome da Espiritualidade para justificar suas fraquezas. Tenho dito.
20 – Irmãos, a Intolerância Religiosa, não tem a ver com a
religião em si, é uma atitude política,
de você perseguir e coibir, uma atitude de agressão pra disputar mercado. Isso
tem que ser condenado por todos nós. A Umbanda é viva.
21 – “Meu povo, religião não muda caráter,
religião não cura ninguém, nem nunca curou...
“O que nos cura e o que nos salva é a nossa
Fé, e o que realmente vale em nosso caminho é o respeito que damos às
diferenças e a verdadeira fé com a qual enxergamos a nossa crença”.
22 – “Ora, a lei da mente é implacável: o que você
pensa, você cria.
O que você sente, você atrai.
O que você acredita, torna-se realidade!”
ENTÃO, CUIDADO COM OS SEUS PENSAMENTOS.
23 – “É bom saber que não levamos nada dessa
vida. Para que perder tempo com maldade, com falsidade, com falta de amor...
Todos terão o mesmo destino... Independentemente
da condição financeira, da classe social. “Portanto, ame, perdoe, pois Oxalá é
pai e quer que você aproveite bem a vida”.
24 – “Não sejas egoísta. Aquilo que te fores ensinado,
passai aos outros e aquilo que recebestes de graça, de graça tu darás. Porque
só no amor, na caridade e na fé é que tu podes encontrar o teu caminho
espiritual, que é a luz Divina”.
25 –
PALAVRAS DA CABOCLA MARIANA:
“Muita
gente quando não acha cura para sua “dor de barriga”, corre pro Terreiro!
Pedem-me
ajuda e ajuda eu dou. Quando a dor de barriga passa, me chamam de diabo e meus
médiuns de macumbeiro.
Venho
em terra para cumprir minha missão, mas somente para aqueles que conhecem a
gratidão. “Esses, sim, estarão embaixo de minha proteção”.
O QUE É SER UM VERDADEIRO UMBANDISTA ESPIRITUAL?
É o que se leva dentro do coração.
É o discernimento em ação! É o Amor abundancia. É a luz nas
idéias e o equilíbrio.
É o valor consciencial da alegria na jornada.
É a valorização da vida e de todos os aprendizados.
É viver e se tornar sadio.
Ser um Verdadeiro Umbandista Espiritual é ser FELIZ!
VOCE TEM VERGONHA DE DIZER QUE É UMBANDISTA???
Eu sou Umbandista... Mas o que é isso? O que é ser
Umbandista?
- É não ter vergonha de dizer: “eu sou Umbandista”
É não ter vergonha de ser identificado como Umbandista.
É se dar, acima de tudo aos trabalhos Espirituais.
É saber que um Terreiro, um Centro, um Templo de Umbanda é
um local Espiritual, e não a religião de umbanda em seu todo, mas todos os
Terreiro,Centros e Templos de Umbanda, representam a Religião de Umbanda.
É saber respeitar para ser respeitado, é saber amar para ser
amado, é saber ouvir para ser escutado, é saber dar um pouco de si para receber
um pouco de Deus dentro de si.
É saber que a Umbanda não faz milagres, quem os faz é Deus,
e quem os recebe, é quem mereceu.
É saber que uma casa de Umbanda, não vende nem dá salvação,
mas oferece ajuda aos que querem encontrar um caminho.
É ter respeito por seu Templo, por seu sacerdote e pela
Religião de Umbanda como um todo: IRMANDADE.
É saber conversar com seu sacerdote e tirar suas dúvidas.
É saber que nem sempre estamos preparados. Que são
necessários sacrifícios, tempo e dedicação para o sacerdócio.
É entrar em um Terreiro sem ter hora pra sair ou sair do
Terreiro após o último consulente ser atendido.
É, mesmo sem fumar e beber, dar liberdade aos meus Guias
para que eles utilizem esses materiais para ajudar o próximo, confiando que me
deixem sempre bem após as sessões.
É me dá ao meu Guia, para que ele me possua com sua força e
me deixe um pouco dessa força para que possa viver meu dia-dia numa luta
constante em benefício dos que precisam de auxilio espiritual.
É sofrer por não negar o que sou, e ser o que sou com
dignidade, com amor e dedicação.
É ser chamado de atrasado, de sujo, de ignorante,
conservador, alienígena, louco. E ainda assim amar minha religião e defende-la
com todo o carinho e amor que ela merece.
É ser ofendido físico, espiritual e moralmente, mas mesmo
assim, continuar amando minha Umbanda.
É ser chamado de adorador do diabo, de satanás, de servo dos
encostos e mesmo assim, levantar a cabeça, sorrir e seguir em frente com
dignidade.
É acreditar, mesmo nos piores momentos, com a pior das
doenças, estando um caco espiritual e material, que os Orixás e os Guias,mesmo
que não possam nos tirar dessas situações, estarão ali, ao nosso lado, momento
a momento nos dando coragem; ser Umbandista é acima de tudo acreditar nos
Orixás e nos Guias, pois eles representam a essência e a pureza de Deus.
É dizer sim, onde os outros dizem não!
É saber respeitar o que os outros fazem como Umbanda, mesmo
que seja diferente da nossa, mas sabendo que existe um propósito no que ambos
estão fazendo.
É vestir o branco sem vaidade.
É alguém que você nunca viu te agradecer, porque um dos teus
Guias a ajudou e não ter orgulho disso.
É colocar suas Guias e sentir o peso de uma responsabilidade
onde muitos possam ver vaidade.
É chorar, sorrir, andar, respirar e viver dentro de uma
religião sem querer nada em troca.
É ter vergonha de pedir aos Orixás por você, mas não ter
vergonha de pedir pelos outros.
É não ter vergonha de levar uma oferenda em uma praia ou
mata, nem ter vergonha de exercer a nossa religiosidade diante dos outros.
É estar sempre pronto para servir a espiritualidade, seja no
Templo, seja na Encruza, seja no
cemitério, seja na mata, seja nos caminhos. Seja em qualquer lugar onde nosso
trabalho seja necessário.
É se alegrar por saber que a Umbanda é uma religião
maravilhosa, mas também sofrer porque os Umbandistas ainda são tão
preconceituosos uns com os outros.
É ficar incorporado 6,7 horas em cada uma das giras,
sentindo seu corpo moído e ao mesmo tempo, sentir a satisfação e o bem estar
por mais um dia de trabalho.
É sentir a zoar dos
tambores, sua vibração, sua importância, sua ação, sua força dentro de uma gira
e no trabalho espiritual.
É arriar a oferenda para o Orixá e o Guia e receber Axé.
É ver uma pessoa entrar no Terreiro chorando e vê-lo mais
tarde sair do Templo sorrindo.
É ter esperança, que um dia, nós, Umbandistas, acharemos a
receita do respeito mutuo.
É ser Umbandista, mesmo que outros digam que o que você faz,
sua pratica, sua fé, sua doutrina, seu acreditar, sua dedicação, seu suor, suas
lagrimas e sacrifícios , não sejam
Umbanda.
É saber o que significa a Umbanda não é para você, mas para
todos.
É saber que as palavras somente não bastam. Deve haver
atitude junto com as palavras. Falar e fazer, pensar e ser, ser e nunca estar.
É saber que a Umbanda não ver cor, não vê raça, não vê
status social, não vê poder econômico, não vê credo. Só vê ajuda, caridade,
luta, justiça, cura, lagrima... E bom, mal e bem...Os problemas, as
necessidades e a ajuda para solucionar os problemas de quem procura.
É saber que a nossa Umbanda é livre; não tem dono, não tem
papa, mas estar aí para ajudar e servir a todos que procuram.
É saber que você não escolheu a Umbanda, mas que a Umbanda
escolheu você.
É amar com todas as forças essa Religião maravilhosa chamada
umbanda.
Que os Orixás, Caboclos e Encantados, assim como os Exus nos
proteja e nos oriente cada vez mais.
ASSIM SEJA!
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